Total de visualizações de página

domingo, 15 de fevereiro de 2009

ALÉM DO PREÇO E DA MARCA

ALÉM DO PREÇO E DA MARCA
Consumo responsável
Qualidade de Vida, Consumo e Trabalho
Extraído do site Repórter Brasil: www.reporterbrasil.org.br

Na hora de pegar este ou aquele produto na gôndola do supermercado, o que pesa em sua decisão? Preço mais baixo, melhor qualidade, tradição da marca, preferência familiar? Em geral, são esses os fatores que costumam ser levados em conta no instante da compra. Mas há um fenômeno novo que desafia esse padrão: são os consumidores preocupados com o comportamento da empresa que produziu determinado produto.

Já não são poucos os que fazem suas escolhas se perguntando se aquela companhia respeitou direitos humanos e trabalhistas; se sua cadeia de produção segue normas de preservação ambiental e boas práticas empresariais. Se é ética quando faz publicidade. Ou até se está comprometida com a geração de empregos.

Essa mudança nos padrões de consumo, que ganhou força na segunda metade do século 20,quando os consumidores passaram a se organizar em grupos independentes para defender seus direitos, já gerou efeitos nas empresas. Não são poucas as que adotaram um ideal conhecido como “responsabilidade social”, que fundamenta práticas cujo fim não é apenas o lucro.

Como exercer o consumo responsável


1. Refletir sobre seus hábitos de consumo, reduzir quando possível, não desperdiçar e dar destinação correta ao resíduo ou ao produto pós-consumo;

2. Escolher marcas de empresas reconhecidas por suas práticas responsáveis e éticas;

3.Obter informações, por meio da mídia e das associações sociais, sobre os impactos sociais e ambientais da produção,do consumo e do pós-consumo de produtos e serviços;


3.Entrar em contato com o SAC(Serviço de Atendimento ao Consumidor) das empresas por telefone ou por escrito, para questionar sobre os impactos e pressionar pela adoção de práticas sustentáveis de produção e pós-consumo;

4.Procurar saber se a empresa tem um balanço social e solicitar informações a respeito;

5.Boicotar marcas de empresas envolvidas em casos de desrespeito à legislação trabalhista, ambiental e de consumo. Por exemplo, consulte a lista de reclamações fundamentadas do Procon, a fim de saber como determinada empresa se comporta em relação ao consumidor;

7.Participar de apoio associações de consumidores;

8.Denunciar práticas contra o meio ambiente, contra as relações de consumo e de exploração do trabalho infantil às autoridades competentes

Empresas conscientes

“O consumidor mais atento e informado já percebe as relações de seu nível de consumo e os efeitos disso no plano social, econômico e ambiental. Isso torna as empresas mais conscientes e preocupadas com os valores que ela propaga com seus produtos e marketing”, afirma Marilena Lazzarini, coordenadora institucional do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), com 17 anos de trabalho e militância na área.
Foi pensando em estimular esse “consumo engajado” que o Idec acaba de lançar o Guia de Responsabilidade Social para o Consumidor, um livreto de 22 páginas com um painel sobre o movimento mundial de consumidores e sua articulação do Brasil.

Atividade: Consumo consciente e meio ambiente

Objetivos
•Estabelecer relações entre consumo consciente e atitudes de respeito ao meio ambiente

Introdução

“Responsabilidade social”, “consumidor responsável” e “empresa responsável” são expressões do momento, bastante utilizadas nas propagandas de indústrias, bancos, empresas em geral. Muitas vezes, não paramos para pensar sobre o que elas podem significar para a vida em sociedade e o meio ambiente, não é? Pois bem, o texto “além do preço e da marca” nos leva a pensar em algo mais, quando vamos escolher um determinado produto para o nosso consumo diário. As lutas e os debates sobre os direitos humanos e trabalhistas, o meio ambiente, a diversidade levaram o Idec a elaborar o “Guia de Responsabilidade Social para o Consumidor”. Neste “Guia” a preservação do meio ambiente é um dos pontos a serem observados pelo consumidor. Você deve estar pensando: Como o consumidor deve agir para ser considerado responsável? Quais práticas contra o meio ambiente são condenáveis e devem ser denunciadas? Vamos discutir sobre isto com os nossos alunos?
1.Ler o texto;

2.Procurar os significados das palavras desconhecidas;

3.Trabalho em grupos (três ou quatro alunos) discuta os oito pontos do Guia e que elaborem uma lista de 10 coisas simples que podemos fazer para preservar o meio ambiente. Fazer um desenho e escrever uma frase para explicar cada uma das atitudes, como exemplo:

a.abrir a porta da geladeira somente quando for preciso;

b.não jogar fora latinhas de alumínio, elas podem ser recicladas inúmeras vezes;

c.trocar as lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes que gastam menos energia;

d.preferir comprar produtos que venham em embalagens recicláveis;

e.fechar a torneira enquanto escova os dentes;

f.descartar pilhas e baterias em locais adequados;

g.preferir o uso de produtos biodegradáveis;

h.desligar a luz onde ela não for necessária;

i.separar, reciclar ou reutilizar o lixo;

j.Levar uma sacola grande quando fizer compras para não usar os saquinhos plásticos;

k.habituar-se a ler as indicações ambientais que vêm nos rótulos dos produtos.

4.Solicitar que cada grupo apresente a sua lista e explique as atitudes que o grupo sugere ao consumidor para que, conscientemente, possa contribuir para preservar o meio ambiente;

Resultados esperados: Expressão de atitudes que demonstrem responsabilidade de um consumidor para com o meio ambiente.

Pela redução da jornada de trabalho já!

Pela redução da jornada de trabalho já!
Área: Educação e Trabalho

Objetivos
• Conhecer o movimento dos trabalhadores pela redução da jornada de trabalho e desenvolver opinião sobre ela.

Introdução

Oito horas de trabalho, oito de descanso e oito de lazer era o lema dos trabalhadores que, na segunda metade do século XIX, lutavam pela redução da jornada de trabalho. Até este momento, crianças, jovens e mulheres trabalhavam exaustivamente nas fábricas de 17 a 20 horas por dia. Nas últimas décadas, alguns países da Europa conseguiram reduzir o número de horas de suas jornadas, e mais recentemente no Brasil, a luta pela redução da jornada de oito horas de trabalho tornou-se novamente uma bandeira de luta dos movimentos sindicais e dos trabalhadores. Uma conquista eles já tinham assegurado na constituição de 1988: a jornada foi reduzida
de 48 para 44 horas semanais, não podendo exceder oito horas diárias. Atualmente, os trabalhadores retomam a campanha pela redução da jornada. Há propostas de redução de 44 para 40 horas e, em seguida, para 35 horas, sem redução de salário. Você sabia que a redução da jornada de trabalho é um fator potencial de geração de empregos, de melhoria da qualidade de vida do trabalhador, que terá mais tempo livre para o lazer, a educação e a família? Mas que a medida só vai gerar novas vagas se for acompanhada pela
extinção das horas extras e pelo fim do sistema de banco de horas adotado pelas empresas?


Leiam o texto identificando:

a. os malefícios das longas jornadas de trabalho para os trabalhadores;

b. os benefícios provocados pela redução da jornada e as condições concretas que o Brasil apresenta, hoje, para que esta redução seja possível sem prejudicar a economia do país.

2. Discuta os resultados e registre- os.